Poppy achava que o verão duraria para sempre. Até ser diagnosticada com câncer terminal. Não há tempo para tratamento e, aparentemente, nenhuma esperança. Até que seu melhor amigo, James — por quem Poppy é secretamente apaixonada — revela que pode evitar que este seja o destino dela. James pode oferecer-lhe a vida eterna. Com um único beijo ela vê o que há de mais obscuro na alma dele. Mas ela está preparada para segui-lo na morte... e além?

Em nome do amor, James está disposto a infringir as leis do Mundo das Sombras. Mas tanto ele quanto Poppy precisam se preparar para os riscos e consequências que terão de enfrentar — quem das sombras se apaixonar por um humano deve ser punido com a morte.

 

Sabe quando você sente falta de ler algo puro e inocente? Acho que era assim que estava me sentindo antes de começar a ler Vampiro Secreto.

Muita gente achava que a relação de Poppy com James era platônica. Não era verdade. Poppy sabia havia anos que se casaria com ele. Era uma de suas duas maiores ambições; a outra era conhecer o mundo. Ela só não tinha contado ainda a James. (pág. 11)

Com uma simplicidade de sentimentos verdadeiros, L. J. Smith mostra que no “mundo das sombras” não existe uma verdade absoluta. Trocadilho a parte, quero dizer que nesse livro temos um novo tipo de universo místico, onde embora algumas referências sejam as mesmas, coisas diferentes podem acontecer.

Tinha o cheiro da chuva de inverno e o som de seu coração de predador, a aura prateada de poder que ela podia sentir em volta dele. (pág. 158)

Aqui os vampiros e bruxas são retratados de uma maneira singular (não igual aos demais, mas não tão diferentes assim). E temos um sentimento que prevalece mais que o amor… A proteção.

Ele pertencia a Poppy. James também percebeu que isso poderia não ser o bastante. (pág. 69)

A frase é velha, gasta pelo tempo e pelo uso sem sentimento, mas quem ama cuida. E é isso que James faz. O cuidado é tanto que, para proteger a vida de Poppy ele está disposto a tudo, inclusive perder a sua.

O mundo das sombras tem duas regras fundamentais – disse ele com a voz firme. – Uma é não contar aos humanos que ele existe. A outra é não se apaixonar por uma humana. Eu infringi as duas. (pág. 112)

A leitura flui rápida, com uma narrativa leve que prende e faz devorar as páginas. Confesso que tive medo quando notei as páginas chegando ao final de que a qualquer momento eu fosse encontrar um “continua” bem ao estilo de Diários do Vampiro (de cortar na metade). E embora ache que o final trouxe uma solução simples e fácil demais, talvez não pudesse ser diferente.

Eu te disse, não se ama alguém pela aparência, as roupas ou o carro. Ama-se porque ela canta uma música que ninguém pode entender, a não ser você. (pág. 169)

Com um sorriso nos lábios e com um mar de possibilidades para o segundo livro. James e Poppy me conquistaram, me ganharam e embora eles possivelmente não retornem nos próximos volumes, eu fiquei com aquele gostinho de quero mais.

(…) mesmo que você não entenda, por favor, procure acreditar. Só desta vez, acredite no que não pode ver (pág. 221)