Lentes Mágicas #17: Ser Humano!
08/09/2011
Bom dia leitores e cinéfilos.
Como já sabem, em comemoração ao primeiro ano de Sael e a Bienal do Rio, estou escolhendo filmes que foram adaptados de livros.
O filme de hoje muiiiita gente já viu (sempre presente na sessão da tarde e no megapix) e quem não viu só pode ter algum problema de horário na agenda!
Levando em consideração que os livros (e filmes) muitas vezes transformam vidas, nos contam histórias que nos cativam de alguma maneira, escolhi o 'Homem Bicentenário' para o Lentes desta quinta.
Título original: (Bicentennial Man)
Título em português: O Homem Bicentenário
Lançamento: 1999 (EUA)
Direção: Chris Columbus
Atores: Robin Williams, Sam Neill, Embeth Davidtz, Wendy Crewson.
Duração: 130 min
Lançamento: 1999 (EUA)
Direção: Chris Columbus
Atores: Robin Williams, Sam Neill, Embeth Davidtz, Wendy Crewson.
Duração: 130 min
Gênero: Ficção Científica
Sinopse: Em 2005, uma família americana compra um novo utensílio doméstico: o robô chamado Andrew (Robin Williams), para realizar tarefas domésticas simples. Entretanto, aos poucos o robô vai aprensentando traços característicos do ser humano, como curiosidade, inteligência e personalidade própria. O filme mostra a saga de Andrew em busca de liberdade e de se tornar, na medida do possível, humano.
Pra quem vê os filmes de ficção de hoje não dá muita bola pra magia deste filme.
Hoje em dia os filmes tem efeitos fabulosos graças ao crescimento tecnológico. Pra variar, eu vejo este filme fora da ótica da tecnologia e procuro a humanidade contida nele.
Acho que poucas pessoas dão crédito a poética de uma personagem, ao que ela pode trazer para nossas vidas e a história que nos conta de verdade afinal.
Andrew é uma máquina que tem um defeito: quer ser humano. Dentro das leis que o rege, ele vai descobrindo aos poucos que o defeito dele ofende quem os criou. Sorte dele que a família que o acolheu entende suas necessidades e curiosidades e o alimenta da ferramenta 'conhecimento'. Tratam ele como um igual. Até mesmo nós, seres humanos nascidos assim, temos dificuldades de nos relacionar com as leis. Ferimos códigos, esquecemos a igualdade quando ela nos parece perigosa e destruimos toda 'ameaça' ao estilo de vida dos 'normais'.
Andrew ama sua pequena mestra, a ve crescer e aprende tudo que pode com ela. Ela o ama também, mas não estava disposta a perder tempo e jovialidade tentando provar que um amor pode surgir onde menos se espera (temos vampiros que amam humanas, macacos gigantes que se apaixonam e até mesmo máquinas que amam máquinas!).
Ele sabe que é diferente e sai no mundo em busca de outro 'defeito' como o dele: ter personalidade. A busca é em vão. O único sinal de um robô peculiar como ele é uma robô que é propriedade do filho cientista de um cientista que trabalhava na empresa que construiu Andrew. A sorte de conhecer ele é de começar sua busca por melhoramentos 'naturais', uma evolução.
É, sei que é difícil pensar num robô como um ser humano. Ele vive para sempre e como a história deixa bem claro 'seria difícil um ser humano reconhecer um robô como igual sendo ele Imortal (aqui entramos no mérito levantado por Alyson Noel sobre o assunto: O que é imortalidade e como se portar diante dela.)
Ele volta pra casa, depois de muitos anos (40 pra ser exata) e encontra o amor de sua vida em outro ser humano, a neta (desculpe, mas esqueci o nome). Ele fica confuso, como pode existir duas pessoas iguais sendo que ele aprendeu que cada um é único!?
Ele aprende com ela que podemos ter aparências iguais mas é na personalidade e outras pequenas diferenças que nos torna únicos, especiais.
Não vou ficar aqui citando tudo que acontece no filme (sou apaixonada por quase todos os filmes que comentei até agora) só quero deixar a mensagem que vejo do filme.
Com essa moda de que tudo que é diferente ser minoria, tudo que é minoria ser defendida por lei e toda lei deste tipo ferir o que nos é humano: as diferenças; ele vem nos mostrar que o que realmente importa é cada um buscar sua felicidade. Não importa o que você é, como se veste, quanto calça, nem quem você ama, o que importa é o respeito acima de tudo, por todos. Diferenças não são defeitos. É o que nos faz especial.
Andrew aprendeu a acreditar nele mesmo, seguir em frente sob qualquer circunstancia e ir atras do que queria sem pensar duas vezes ou o que os outros vão pensar. É claro que querer se parecer com humano foi só para deixar seu grande amor, humana (egoísta por natureza) mais a vontade com o amor que ela sentia por uma máquina. Sempre estamos em busca da aprovação de alguém e isso nos torna patéticos. Mas o amor é patético, não?
Pensando no lado tiete, o Rob é um ator maravilhoso. Qualquer filme dele encanta e ele arrasa na interpretação. Nem vou mencionar os outros envolvidos na história por que não há vontade em mim para tal.
Meu post foi sincero, direto e simples. Acho que assim que deve ser. Afinal, este é meu defeito: falar de um filme que quase ninguém gosta como a obra de arte que ele é.
Espero sinceramente que os humanos tornem a serem humanos e se respeitem. Acima de tudo. Pois não há nada mais belo do que viver as diferenças sem ter que fazer uma lei pra cada 'peido' que cheira diferente!
Viva as cores, viva as histórias, viva as diferenças. Sem demagogia, sem preconceito, sem falso moralismo.
Vamos ver o que é diferente como o que realmente é: diferente. Apenas...
Abraços
9 comentários
'Espero sinceramente que os humanos tornem a serem humanos e se respeitem. Acima de tudo. Pois não há nada mais belo do que viver as diferenças sem ter que fazer uma lei pra cada 'peido' que cheira diferente!'
ResponderExcluirSuper concordo!
Gi eu adoro esse filme ... faz mto tempo que não consigo assistir ele ... adoro o jeito como vc fala sobre os filmes aqui *_*
ResponderExcluireu ja vi este filme,é tao lindo né, mostra o home e a ciencia em um só *-*.
ResponderExcluirsempre que posso eu vejo ele , na primeira vez que vi eu chorei (eu sei, sou uma manteiga derretida) adorei mesmo ver o filme e super recomendo.
Robin Williams é um otimo ator, adoro seus filmes igiual a voce.
adorei o posto, esperando por mais, é sempre bom falar dos filmes que antes eram livros, da ate uma vontade de ler ele né. ♥
Ai, Gi, esse filme é lindo! É uma história que nos dá muita coisa para refletir, pois aborda temas como amizade, amor, família, individualidade, respeito, tolerância... Super recomendo!
ResponderExcluirÓtima escolha, Gi!
@BobbyDupeaGirl
Ah, esse filme é maravilhoso!! Já assisti várias vezes!!! Adoroooooo! E a Gi está de parabéns pela abordagem que fez desse filme e essa coluna é uma das minha preferidas aqui no SAEL!
ResponderExcluirAgradeço a todas pelo carinho! Não esqueçam, se tiverem um filme pra indicar pro L'M' é só falar...
ResponderExcluirBjusss
aah eu adoro esse filme *-*
ResponderExcluiré muuito triste :/ e muuito lindo rsrs
a globo seeempre reprisa ele kkkk
e eu sempre vejo ;)
beijoooos :*
@Amandagoncalvez
Eu também acho esse filme muito lindo!!!
ResponderExcluirPassa uma mensagem muito bonita, onde uma máquina é capaz de amar e se dedicar mais às pessoas que certos humanos...
Recomendadíssimo!
O post ficou lindo!!!
Bjs Gi!
Já assisti esse filme várias vezes e sempre choro...é muito lindo mesmo!!!!!!
ResponderExcluirbjus
Obrigada pela visita, dê sua opinião, participe e volte sempre =^.^=
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