A filha do pastor das árvores – Gillian Summers
04/05/2012
Com a morte da mãe, Keelie Heartwood, uma jovem de apenas quinze anos, é forçada a deixar sua adorada Califórnia para viver com o pai nômade no Festival da Renascença de Montanha Alta, no Colorado. Lá, coisas estranhas começam a acontecer - estranhas mas familiares. Keelie percebe que algumas pessoas do festival têm orelhas pontudas, incluindo o cavaleiro mais bonito do lugar, Lorde Sean do Bosque. Quando ela começa a ver seres estranhos e a se comunicar com árvores, descobre que existe um segredo a seu respeito e percebe que seu pai lhe deve explicações.
Sabe aqueles livros que você olha para a capa, se encanta e quer porque quer ter ele em sua estante? Sabe quando você lê a sinopse e pensa “é… acho que vou me agradar” e tem que ler o livro? Aí você o encontra em uma livraria, vê que a capa linda tem continuidade para a contra-capa e que ainda por cima é mais perfeita ao vivo do que em fotos… Com o acabamento naquele papel que deixa a capa parecendo papel camurça, A filha do pastor das árvores me ganhou, arrematou meu coração e se tornou aquele tipo de livro que eu nem pensaria antes de comprar para dar de presente para alguém…
Conversando com a Math, descubro que ela tem o livro e que ele não está no topo da sua lista de leitura. Resultado: entrou no meu!!!! (Tudo isso porque eu estou quebrada de grana, mas logo comprarei meu exemplar, com certeza).
Eu sei que eu gostei de um livro e que o li realmente rápido quando ao verificar para fazer a resenha não tenho citações marcadas. E foi isso que aconteceu com este. Sabe quando você entra em um ritmo e a leitura flui tão rápido que nem se lembra de colocar uma tag? Foi mais ou menos por ai. E olha que o livro nem tem um ritmo tão rápido assim. Se parar para pensar, os acontecimentos são bem lentos e enrolados.
Não vou dizer que o livro é perfeito. Não é! Mas a perfeição pode surgir no segundo volume da trilogia. Eu digo isso porque, embora eu tenha entendido muitas das razões da Keelie ser como é, eu achei que ela estava sendo chata demais em alguns momentos. Se bem que eu não sei se a palavra certa é chata… Acho que o mais correto seria teimosa ou como diz minha mãe “birrenta”.
“Se eu acreditar que fadas são reais, que o gato do meu pai usa botas e empunha uma espada e que realmente sinto e vejo o espírito de uma árvore na casca dela, não vou fazer parte do mundo da minha mãe. Crer no que pensei que era fictício e só possível nos contos infantis tira uma parte da mamãe de mim e uma parte de mim dela”. (pág. 222)
Com a citação acima, explico realmente o que quero dizer. As coisas acontecem, Keelie começa a ver que existe um novo mundo, atrás do que os humanos chamam de real e mesmo tendo provas disso, mesmo vendo com os próprios olhos ela teima em não acreditar. Eu sei que ela está naquele dilema de “minha mãe morreu e não quero esquecer dela”. Acredito que isso deve ser muito difícil (eu mesma não consigo me imaginar sem minha mãe), agora não querer acreditar e depois ceder tão facilmente? Isso ficou que perdido.
Ok que Zeke, o pai da Keelie, também não colabora muito. Com a desculpa de que não quer apressar demais as coisas, deixa de falar detalhes importantes. Acho que os dois deveriam ter tido uma boa e longa conversa, mas as coisas vão surgindo aos poucos e é uma amiga de Zeke (que eu não lembro o nome e que estou sem o livro para confirmar) que diz o que Keelie ‘meio’ que deveria saber…
“As mães sabem que as filhas as amam, mesmo quando discutem. Entenda: se a sua vida for diferente da que ela idealizou para você, continua sendo a sua vida, não a dela. Não viva a vida de Katherine. O presente dela e do seu pai para você é a sua própria existência. Ela ia querer vê-la feliz”. (pág. 235-236)
No fim, Keelie é muito imatura e acho que esse é o motivo do livro ter ficado longe do que considero genial. Outra coisa que se perde é o romance que surge entre ela e Lorde Sean do Bosque. Ele realmente não me conquistou, quase não aparece e quando aparece é um chato. Com isso o lance entre os dois ficou paracendo meio inexistente e não teria feito sido uma má ideia se ele fosse deixado de lado. O bom é que o final deixa toda uma brecha de que as coisas sejam diferentes, menos enroladas e podem ficar muito boas no segundo. Ao menos assim eu espero.
O que conquista neste primeiro volume são os personagens secundários. E neste caso falo das árvores e dos animais presentes na narrativa. Eles dão um toque mágico e encantam. E claro, por falar em animais, impossível não falar de Knot, um gatinho de personalidade forte e que mesmo sem falar consegue dominar as cenas em que aparece. Eu que amo gatos fiquei maravilhada com suas atitudes nada comuns.
Antes de finalizar, quero fazer um comentário sobre as capas originais. Eu sempre falo que as prefiro e tal, mas neste caso, a Bertrand não usou a capa original e acabou acertando em cheio. Quero dizer, ela ficou muito mais linda, muito mais cativante e não perdeu a conexão com a história. Para quem não conhece, olhem as capas da trilogia:
Resumindo… É um livro que te coloca a par da mitologia criada pelas autoras (sim, Gillian Summers é pseudônimo de Berta Platas e Michelle Roper) e que pode não agradar a todo mundo. E mesmo que algumas coisas tenham ficado um pouco confusas, a trilogia O povo das árvores entrou para minha lista de “queridinhas” e estou bem ansiosa para ler o volume dois.
14 comentários
Fiquei curiosa. Esta capa é realmente linda, bem melhor que a original! Gostei da maneira que você descreveu o livro, me fez ficar com vontade de ler mesmo com os pontos negativos.
ResponderExcluirBeijos
Amigas entre Livros
Gostei da resenha, de saber sua opinião e o enredo. Ainda não conhecia esse livro, parece ser muito interessante.
ResponderExcluirAbraços
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Gostei da resenha! Ele está na minha lista a algum tempo tb pela capa! Achei a capa nacional mais bonita que a original tb... Mas esperava mais deste livro, assim como vc... Não voi deixar de querer ler o livro, pelo contrário, vou tirar minhas opiniões, mas vou com menos sede ao pote!
ResponderExcluirLinda esta capa, pelo visto mais uma série para minha coleção.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Nossa Nati, como vc escreve ein? Adorei sua resenha e n sei si ja disse isso antes, mas bem vinda, adoro o blog de vcs!
ResponderExcluirBjkas
eu também me apaixonei pela capa. Bom saber que ao menos o livro prepara para o segundo. Estou encantada com o mundo das fadas e acho difícil não gostar desse livro.
ResponderExcluirCapa nacional arrasando as outras \o/
Ai que legal saber um pouco mais sobre o livro. Eu acho a capa muito linda e estava com medo de comprar e me decepcionar demais. Assim, com sua resenha sei o que esperar do livro e posso comprar sem medo ;)
ResponderExcluirEu adorei esse livro...
ResponderExcluirFoi tão gostoso ler algo diferente do que estava sempre lendo. Mas concordo quando vc diz que pode não agradar a todo mundo, principalmente por alguns pontos que ficaram muito enrolados e arrastados...
E a capa? Perfeita!!!!
Muito melhor do que as americanas, a Bertrand arrasou!!!!
Beijinhos
Manu
Estou lendo o volume um esses dias, mas apesar do enredo, não me agradei muito em certos pontos. A personagem principal, Keelie, no começo não era nada atraente para mim, mas no decorrer do livro, quando ela vai "conhecendo" seus dons, passa a ser mais interessante. Gostei do mistério que a autora coloca no personagem Zeke em boa parte da história. Mas acho que repetiram-se ali muitas cenas. O gato, Knot, atrapalhou a personagem diversas vezes da mesma forma, além de os encontros de Keelie com o Lorde Sean e Elia (pelo menos até onde eu li) são repetitivos. Também acho que alguns personagens demoraram para se "desenvolver", como a amiga de Keelie (Raven, eu acho), o pai da Elia, Sir Davey, entre outros. Tirando isso, gostei do enredo, pois abordar ideias fictícias sempre atrai bastante leitores ( e sempre gostei de personagens que se envolvem com magia). Também concordo em relação à capa. Espero não ter ocupado tanto espaço!
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