Resenha Um Mundo Brilhante - T. Greenwood
18/05/2012
Olá Saelnautas!
Sinopse: "Quando o professor Ben Bailey sai de casa para pegar o jornal e apreciar a primeira neve do ano, ele encontra um jovem caído e testemunha os últimos instantes de sua vida. Ao conhecer a irmã do rapaz, Ben se convence de que ele foi vítima de um crime de ódio e se propõe a ajudá-la a provar que se tratou de um assassinato. Sem perceber, Ben inicia uma jornada que o leva a descobrir quem realmente é, e o que deseja da vida. Seu futuro, cuidadosamente traçado, torna-se incerto, pois ele passa a questionar tudo à sua volta, desde o emprego como professor de História, até o relacionamento com sua noiva. Quando a conheceu, Ben tinha ficado impressionado com seu otimismo e sua autoconfiança. Com o tempo, porém, ela apenas reforçava nele a sensação de solidão que o fazia relembrar sua infância problemática. Essa procura pelas respostas o deixará dividido entre a responsabilidade e a felicidade, entre seu futuro há muito planejado e as escolhas que podem libertá-lo da delicada teia de mentiras que ele construiu. Esta, enfim, é uma história fascinante sobre o que devemos às pessoas, o que devemos a nós mesmos e o preço das decisões que tomamos."
Fazia muito tempo que eu não lia um livro em três dias...
Primeiro, olhando só a capa e a frase "O que fazer quando o mundo em que você vive não é o lugar a que você pertence?" eu imaginei que seria algo sobrenatural, alienígena, fora do comum.
Não é!
Uma história bem pé no chão, real, a qual você se identifica com algumas coisas e para pensar sobre as decisões da personagem e julgá-lo dentro do 'e se fosse eu?'.
T. Greenwood foi poética, descreveu coisas de maneiras muito sonhadoras e fez isso naturalmente. A forma dela escrever sobre os rumos que a vida de Ben toma não é nada forçado, mas as vezes te faz refletir.
Me pego pensando em porque ler um livro assim. Nós vemos histórias assim todos os dias ao nosso redor. Pessoas que agem das formas mais estranhas, negam o destino quando ele bate a sua porta e fingem que é assim mesmo que se deve fazer.
Fico confusa ao escrever sobre este livro. Não há nada demais. Nele, me encantou somente a forma da autora descrever algumas situações com pincelas de poesia. Querem exemplos?
"Segredos. Como pequenos sapos escondidos em seu bolso. Não se pode esquecer deles porque estão sempre se mexendo ali dentro, contorcendo-se, tentando escapar. Você sabe que, a qualquer momento, um deles pode conseguir subir e pular para fora de seu bolso, revelando-se para o mundo com um coaxado estridente. E quanto mais você se esforça pata tentar contê-los, para tentar escondê-los, mais se esforçam para escapar."
"Todas as dúvidas e arrependimentos voltavam à superfície, como cadáveres boiando em água parada."
"Enquanto dormiam, dedos gelados se fecharam ao redor dos dedos dos pés deles. O inverno se aproximava."
"Ele também se lembrava de simplesmente querer se aninhar por dentro do corpo de mogno da guitarra e escutar a música dali de dentro..."
"Ele era o leite azedo na geladeira. As ervas daninhas no jardim. A nuvem de tempestade que cobria o sol."
Sem contar mais umas 15 marcações que não cito aqui! São palavras fortes, sequencias que dão vida, que trazem imagens palpáveis e liberam o sentimento que ela quer que você tenha ao ler o livro. E quando você está envolto no véu de sua trama, você sente a neve, a dor da perda, então está pronto para julgar o personagem do angulo que a autora imaginou.
Mostrei a vocês que eu gostei do livro. Ele me envolveu, me salvou de outra leitura que estava difícil, me fez relembrar de algumas de minhas escolhas e me fez desenterrar velhos fantasmas, já que assim como Ben, também tenho uma morte trágica de um ente querido. Me joguei de cabeça na história, tentando ver qual mensagem ela queria nisso tudo. Até o capítulo 65... Onde ela perde a razão, para mim, dentro de tudo que construiu como conclusão. Na minha opinião, é uma parte que poderia ser descartada nas próximas edições. Já que me envolvi na história, senti-me magoada, traida... mas esta, foi uma opção da autora... quem sabe um dia ela se arrependa, isso se já não o fez!
E agora? Deixo este post pra que leiam o livro. Como já disse algumas vezes em minhas resenhas, cada leitor se envolve na história de maneiras diferentes, seguindo o repertório pessoal de experiencias e assim, você pode se envolver com outros olhos, outra perspectiva... Para mim, mesmo com duplicidade de sentido, o que fica é aquela velha máxima "Nem tudo que reluz é ouro"!
Abraços e até a próxima.
5 comentários
Olá Gisele!
ResponderExcluirEntão, eu gostei também da leitura, mas fiquei com raiva do Ben!
A forma como a escritora escreve é super envolvente, mas foi um daqueles livros que me deixou com tanta raiva! rs
Beijos, até mais!
enfimdeasasabertas.blogspot.com.br
Ois é Debora, não sei se raiva é o sentimento, mas magoada com o desfecho, ah, isso eu fiquei!!! rs
ResponderExcluirBjs, agradeço pelo carinho.
Eu queria tanto ler esse livro. Mas ai de repente comecei a ler umas resenhas que me desanimaram um tanto e alguns comentários que eu não sei se ainda quero ou não ler. Fiquei confusa!!!!
ResponderExcluirOlá Juli, ele me deixou confusa também. O que eu posso dizer é que ele não tira a prioridade de nenhum outro livro numa lista de leitura... mas quando der para ler, aproveite. Afinal, toda leitura é válida, por menos que a gente goste...
ResponderExcluirSério que o final quebra todo o encanto do livro?
ResponderExcluirQue pena!!!!
Bom, mas ainda quero ler o livro, afinal como vc disse, toda leitura é válida.
Ao menos já sei que não devo ir com tanta sede ao pote...rs
Beijinhos
Manu
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