Don Tilman, 39 anos, musculoso e tão bonito quanto Gregory Paeck, é professor de genética e nunca teve uma namorada. Em seu estrito cronograma de atividades, todas as tarefas são calculadas para garantir o menor desperdício de tempo. Nada de imprevistos ou de surpresas; diretrizes para que Don não precise recorrer às suas baixíssimas habilidades sociais. Mas, na busca pela esposa perfeita, ele vai precisar de muito mais que a ajuda do questionário que desenvolveu para selecionar candidatas. E, quando Rosie Jarman entra em seu escritório – um exemplar totalmente inadequado ao seu perfil –, o imprevisto, o impulso e a emoção passam a ser as novas regras. (Eu preferi colocar a contra-capa do livro aqui, mas se quiser saber um pouquinho mais, clique aqui e leia a sinopse no skoob)

Sabe quando você julga um livro somente pela capa? Foi exatamente o que eu fiz com O Projeto Rosie. Pior ainda é que foi negativamente... Não me entendam mal... A capa é legal e eu realmente gostei dela. O fato é que ao olhar para a capa eu senti o maior clima de livro bonitinho, agua com açúcar e totalmente fora do que eu estava querendo ler. Tudo era motivo para não ler o livro até que resolvi parar de enrolar e...

Que arrependimento!!!! De não ter lido antes, de não ter devorado antes, de não ter contado para todo mundo que o livro é muito, muito bom! Sim... Muito melhor do que eu poderia imaginar. Muito melhor do que muitos que li esse ano. Muito encantador.

"Então, será que não dá pra a gente caminhar por uma horinha mais ou menos, e será que não dá para você fingir que é um ser humano normal e apenas me ouvir?
Eu não tinha muita certeza se conseguiria imitar um ser humano normal, mas concordei em caminhar." (pág. 109)

Divertido e inteligente, Don Tillman tem o maior jeito de Sheldon Cooper, porém ele é lindo e musculoso, com jeito de galã de cinema – a Rosie o compara com Gregory Peck (de O sol é para todos). E é claro que Don me conquistou logo de cara, mesmo sem ter quase nada de habilidade social.

"- Então, qual vai ser o seu veneno? - perguntou Amghad.
- Veneno?
- O que quer beber?
Claro. Mas por que, por que, por que as pessoas não dizem simplesmente o que querem dizer?" (pág. 137)

Don resolve que está na hora de se casar e para isso cria o “projeto esposa”, onde busca encontrar a mulher perfeita para ele, que não pode chegar atrasada, fumar ou beber muito entre outros detalhes. Preciso dizer que Rosie não é nada disso? Ela não é nenhum pouco perfeita para ele (segundo o questionário que criou) e mesmo assim me vi torcendo para os dois desde o primeiro minuto.

"- Quer uma cerveja? - perguntou ela. Uma cerveja! Às 3h. Ridículo.
- Sim, por favor." (pág. 117-118)

Eu poderia ficar falando sobre cada detalhe que me fez adorar o livro, mas acredito que ficará parecendo muito artificial. Graeme Simsion tem uma narrativa super envolvente, com doses certas de humor, romance e emoção (sim, além de muitas risadas, até algumas lágrimas eu derramei....rs). Super recomendo a leitura – e que vocês não percam tanto tempo quando eu ;)

"As pesquisas mostram sempre que os riscos do consumo de álcool para a saúde superam os benefícios. Meu argumento é que os benefícios para a saúde mental justificam os riscos." (pág. 125)