Depois que seus pais morrem em um acidente de carro, Kate e sua irmã, Georgia, vão morar com os avós em Paris. Enquanto Georgia encontra na balada a cura para sua tristeza, Kate é mais introspectiva e se recusa a sair e se divertir, até resolver ir para um café com seus livros para tomar um pouco de sol. Ela conhece Vincent, um belo e misterioso garoto parisiense. Ao se relacionar com o menino e descobrir sua história, Kate tem que escolher entre deixar sua paixão de lado e seguir a vida em segurança, e assumir seus sentimentos e toda a complicação que seria namorar alguém imortal e com inimigos, e mudar para sempre sua vida.

Faz tempo que eu queria ler esse livro e fiquei encantada ao descobrir que todas as minhas expectativas foram alcançadas. Com uma narrativa bonita e que me prendeu a cada página, Morra por Mim me fez voltar a ficar encantada com os YA novamente.

“ – Você viu coisas que não devia. Agora temos de decidir como lidar com a situação. Sabe... controle de danos. Você mordeu a maçã, Kate. Se bem que, com uma serpente tão atraente, não posso culpá-la.” (pág. 116)

Sim... É mais um YA sobrenatural e como tal tem alguns pontos em comum e alguns clichés com outros do mesmo gênero. Mas eu já comentei por aqui que não penso que os clichés são necessariamente ruins e que muitas vezes eu adoro um cliché. Aqui é exatamente isso. Embora tenha alguns pontos em comum – e eu devo dizer que o romance entre os protagonistas é o cliché que me refiro acima – Amy Plum nos trás uma temática que foge dos já batidos anjos-vampiros-fadas-lobisomens.

“Seu cabelo negro brilhava sob o sol do final de setembro, e ele irradiava energia e vida. Parecia algum tipo de criatura mitológica perfeita. Ele é algum tipo de criatura mitológica perfeita, lembrei a mim mesma. Fiquei sem fôlego.” (pág. 151)

Kate... Sabe o que eu mais gostei nela? O fato de ela parar para pensar um pouco antes de se jogar. Ela entra em um mundo totalmente novo e não pula de cabeça como se não fosse nada. Ela tem dúvidas, fica confusa e quer saber mais antes de se decidir. Esse ponto, além de me aproximar mais de Kate fez com que as explicações fizessem mais sentido já que Vincent precisava convencê-la.

“Fora o universo alternativo oferecido por um livro, o espaço silencioso de um museu era meu lugar favorito. Mamãe dizia que no fundo eu era uma escapista, que eu preferia mundos imaginários ao verdadeiro. É verdade que para mim sempre foi fácil me libertar deste mundo e mergulhar em outros. E eu me sentia pronta para uma relaxante sessão de hipnose artística.” (pág. 48)

Vincent... Misterioso, sexy, doce e lindo. Isso tudo com um sotaque francês. Preciso dizer que cai perdidamente apaixonada por ele? Sim, eu comecei me apaixonando pelo seu sotaque e seu ar de mistério, mas cada cena dele com Kate ia me encantando mais e mais e o romance dos dois é tão docemente fofo que foi impossível não me apaixonar e torcer pelos dois a cada página.

“(...) Por que, no fim das contas, eu só tinha olhos para a pessoa que estava ao lado dele. O sujeito de cabelos pretos. O sujeito que fixara residência permanente nos cantos escuros de minha mente desde o primeiro momento que o vi. Vincent. Por que você tinha que se apaixonar pelo cara mais improvável e mais inacessível de Paris?” (pág. 50)

Paris... Ah Paris... Amy não poderia ter escolhido um pano de fundo melhor. Eu amo essa cidade e amei ter sido transportada para lá. Paris tem aquele ar romântico por si só e foi encantador o ambiente escolar abrir espaço para falar de arte, museus e das cafeterias.

“ – A resposta para sua pergunta sobre onde eu estava levando você é... para o lugar mais belo de Paris. Com a garota mais bela que já tive a sorte de encontrar, e que torço desesperadamente que concorde em sair comigo de novo. O quanto antes, melhor.” (pág. 183)

Com um romance doce e um ar novo nos sobrenaturais Morra por Mim me encantou do início ao fim. Ao chegar na última página fiquei com vontade de ler tudo de novo de tão envolvida que me senti. E que venha logo o segundo!