Paperboy - Pete Dexter
22/04/2014
Olá leitores.
O que você conhece por integridade? Neste livro, que já virou filme, podemos conhecer várias definições para esta palavra... Afinal, para algo ser errado depende de que lado você está, certo?
Sinopse: "Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James.
As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.
Best-seller do The New York Times, Paperboy é um romance gótico sobre a vida aparentemente sossegada das cidades do interior. Um thriller tenso até a última linha, que fala de corrupção e violência, mas que, ao mesmo tempo, promove uma lição de ética."
Você é íntegro? Sempre foi? Então você vai adorar este livro!
Sim. A palavra chave é integridade. Vou insistir nela. Não se pode ir adiante sem discuti-la. É importante expor qual o meu conceito sobre ela pra que entendam o que eu li nas entrelinhas do livro. Por definição, o conceito é: "Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas, infringindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível."
Há quem concorde comigo, e de certo modo com o autor, de que este é um conceito abstrato. Há os virtuosos que não vão gostar do livro, assim como há leitores multifacetados que vão ler minha resenha e esperar para dar seu veredicto depois de ler o livro. O fato é que ninguém gosta de escutar as verdades nuas da conveniência social, não gostam de ver expostas as partes podres que existem em todos nós.
Eu concordo com o autor quando ele afirma, na maneira que escreve sua história, que este conceito é absolutamente abstrato porque não há ninguém nesta vida que não infringido as normas sociais uma vez na vida. todo mundo se vende. A lição de ética do livro é essa. Pete joga na sua cara essa verdade! Que não existe ser integro! Todos mentem, todos escondem, todos se vendem de uma maneira ou de outra. Há hipocrisia suficiente em nossas vidas para que buscamos ideais inatingíveis de beleza, de amizade, de status e de política, quando não conseguimos punimos os outros. Todo mundo cobra o que nunca faria. Todo mundo diz que é virtuoso e fazendo isso já não é mais.
Faz algum tempo que esta resenha esta nos rascunhos. A dificuldade de resenhar um livro que casa com a sua vida é grande. É o tapa na cara que um livro te dá e que naquele momento você precisa pra acordar e seguir em frente. Te faz rever conceitos e com isso mostrar como sua vida é feita de abstrações, que tudo existe pra te fazer infeliz, que tudo é pra você se sentir imperfeito, que tudo é pra te testar e ver até onde você aguenta sem se corromper com o que não pode... Corromper com o que não pode! Isso é vergonhoso, mas nos corrompemos todos os dias com pequenas coisas que são permitidas para a dança social. Quando você ultrapassa um limite, você perde a virtude (que já não tinha) e acaba como Wetter.
O ponto focal do autor é a integridade, essa moral, essa virtude, esse poder de julgamento que temos sobre os outros que não temos por nós mesmos, esse preço social que pagamos todos os dias para chegarmos mais perto de um modelo de perfeição que nunca existiu e nunca vai existir. Pete nos dá leves bofetadas e se forma intensa mostra o monstro que você se torna quando não obedece as regras da maioria. Mostra a hipocrisia do tal 'ponto de vista'...
Minhas perguntas finais para quem ainda vai ler o livro: até onde você iria pra manter as aparências do socialmente aceitável? Ou melhor: o que você já fez achando que era o 'certo' e que todos a sua volta te condenaram por seu certo não ser o certo deles? Ou ainda: Existe alguma forma de integridade hoje em dia? Antes de ler, seria bom escrever as respostas num papel. Quando terminar de ler o livro, leia suas respostas. Você provavelmente vai mudar de ideia...
Há quem concorde comigo, e de certo modo com o autor, de que este é um conceito abstrato. Há os virtuosos que não vão gostar do livro, assim como há leitores multifacetados que vão ler minha resenha e esperar para dar seu veredicto depois de ler o livro. O fato é que ninguém gosta de escutar as verdades nuas da conveniência social, não gostam de ver expostas as partes podres que existem em todos nós.
Eu concordo com o autor quando ele afirma, na maneira que escreve sua história, que este conceito é absolutamente abstrato porque não há ninguém nesta vida que não infringido as normas sociais uma vez na vida. todo mundo se vende. A lição de ética do livro é essa. Pete joga na sua cara essa verdade! Que não existe ser integro! Todos mentem, todos escondem, todos se vendem de uma maneira ou de outra. Há hipocrisia suficiente em nossas vidas para que buscamos ideais inatingíveis de beleza, de amizade, de status e de política, quando não conseguimos punimos os outros. Todo mundo cobra o que nunca faria. Todo mundo diz que é virtuoso e fazendo isso já não é mais.
Faz algum tempo que esta resenha esta nos rascunhos. A dificuldade de resenhar um livro que casa com a sua vida é grande. É o tapa na cara que um livro te dá e que naquele momento você precisa pra acordar e seguir em frente. Te faz rever conceitos e com isso mostrar como sua vida é feita de abstrações, que tudo existe pra te fazer infeliz, que tudo é pra você se sentir imperfeito, que tudo é pra te testar e ver até onde você aguenta sem se corromper com o que não pode... Corromper com o que não pode! Isso é vergonhoso, mas nos corrompemos todos os dias com pequenas coisas que são permitidas para a dança social. Quando você ultrapassa um limite, você perde a virtude (que já não tinha) e acaba como Wetter.
O ponto focal do autor é a integridade, essa moral, essa virtude, esse poder de julgamento que temos sobre os outros que não temos por nós mesmos, esse preço social que pagamos todos os dias para chegarmos mais perto de um modelo de perfeição que nunca existiu e nunca vai existir. Pete nos dá leves bofetadas e se forma intensa mostra o monstro que você se torna quando não obedece as regras da maioria. Mostra a hipocrisia do tal 'ponto de vista'...
Minhas perguntas finais para quem ainda vai ler o livro: até onde você iria pra manter as aparências do socialmente aceitável? Ou melhor: o que você já fez achando que era o 'certo' e que todos a sua volta te condenaram por seu certo não ser o certo deles? Ou ainda: Existe alguma forma de integridade hoje em dia? Antes de ler, seria bom escrever as respostas num papel. Quando terminar de ler o livro, leia suas respostas. Você provavelmente vai mudar de ideia...
Até mais!
7 comentários
NOSSA, PARECE MUITOOO INTERESSANTE GI
ResponderExcluirUm livro muito interessante de se ler. Confesso que não sou tão integra como gostaria de ser, mas tendo não fazer coisas erradas para não magoar as pessoas ao meu lado. Já menti, por mais que seja uma mentira pequena, e já fiz algumas coisas erradas que hoje me arrependo. Mas nunca é tarde para se concertar.
ResponderExcluirporra, que resenha foda. A melhor que já li desse livro até hoje. Já tem um bom tempo que quero lê-lo mas nunca tenho oportunidade. Espero ler e gostar. Curto demais livros que me 'esbofeteiem' ^^
ResponderExcluirbjs
http://torporniilista.blogspot.com.br/
Acho umas das coisas mais grandiosas em uma pessoa e´ter integridade, moral... Infelizmente não é tão visto por ai, acho nem eu sou tão integra quanto queria, enfim, o livro me chamou a atenção desde o lançamento e tenho curiosidade de ler e ver o filme, já que esse gênero não é um dos que costumo ler, e tô mesmo precisada sair da minha zona de conforto e me arriscar mais nas leituras.
ResponderExcluirAcho que são poucas as pessoas que ainda têm esse ponto principal do livro, não é? Quantos são aqueles que agem arrisca, que são íntegros até debaixo d'água? A pergunta é intrigante, o livro parece envolvente.
ResponderExcluirUm conjunto e tanto.
M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso Top Comentarista
Eu não gostei muito do livro e nem do filme. Apesar do filme ter sido muito bem feito e ter sido fiel ao livro, ambos nao me agradaram.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi Gisele. Eu ainda não vi o filme e nem li o livro. Confesso que a história não me chamou a atenção. E parece que o livro mexeu numa questão muito interessante sobre integridade. É legal quando uma história faz isso com a gente.
ResponderExcluirBeijos
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