Num dia qualquer, quando andava sem rumo pelas ruas de Madri, Teresa, uma órfã rica que vive sob o rígido controle de sua tia Brígida, se vê impelida a entrar em um antiquário, atraída por uma tabuleta de uma antiga loja parisiense de tecidos. De volta ao seu apartamento, após fixar a tabuleta em seu escritório — que compra sem saber muito o porquê —, a jovem é atormentada por uma série de sensações, percepções e visões que, ao que tudo indica, fazem referência à dona da tal loja, Alice Humbert, que viveu na Paris dos anos 1920. Quem terá sido essa mulher e por que a sua história agora lhe bate à porta de uma maneira tão intensa, Teresa se pergunta. Sem perder tempo, ela parte em busca das respostas na mágica, romântica e colorida capital francesa, para onde se muda. Inspirado pelos “anos loucos” vividos na Paris de Hemingway, Modigliani, Coco Chanel e Paul Poiret, o jornalista espanhol Màxim Huerta apresenta uma história de amor que resistiu ao tempo e transpassou décadas até atingir em cheio o coração de Teresa.

Com uma capa linda e com Paris no título seria impossível o livro de Maxim Huerta não entrar na minha lista. Desde o lançamento a vontade e curiosidade de ler era enorme e de certa forma foi essa curiosidade que me fez ir até o final. É que o começo é um tanto lento e cansativo...

“– Seja paciente – repetiu, com a testa franzida ao aspirar a fumaça. – Tudo se resume a isso.”

Na verdade acho que o meu problema com o livro foi devido ao estilo. A história mistura em sua narração o presente com o passado histórico e confesso para vocês que esse não é o meu estilo favorito. Dito isso, vale dizer que a mistura entre realidade e fantasia junto com o interesse que Alice despertou em mim fizeram valer a leitura.

Teresa é uma garota que depois da morte da sua mãe, foi morar com a tia. Sua vida é monótona e seu único momento de um pouco de liberdade são as aulas de pintura que tem duas vezes por semana. Um dia, após uma dessas aulas ela acaba entrando em uma loja de antiguidades e mesmo sem saber direito o motivo, leva para casa uma tabuleta de uma antiga loja de tecidos em Paris.

“Você precisa aprender a ver. As pessoas não sabem ver, andam pela rua e cruzam umas com as outras, correndo os olhos por semáforos, mesas, pisos mal-encaixados...”

Depois de pendurar a placa em seu escritório, Teresa começa a ter sensações e uma certa atração com a placa faz com que ela queira descobrir tudo sobre a tal loja e principalmente sobre sua dona, Alice Humbert. Assim, ela se muda para Paris e chegando lá começa a descobrir mais e mais sobre a vida de Alice, e foi nesse momento em que a história realmente começou a acontecer para mim.

Acho super positivo arriscar e sair um pouco da zona de conforto, e foi exatamente isso que fiz com Uma Loja em Paris. Para mim foi uma leitura diferente e que de certo modo me ganhou, me deixando feliz em ter colocado o livro na lista de leituras e ter ido até o final. É o livro ideal para quem curte romance com toque histórico (muitos lugares citados na obra existem), isso tudo misturado a segredos em uma história realmente bonita.

Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.

Paige sempre quis ser atriz. Então, quando sua melhor amiga Cassandra lhe diz que terá uma audição em sua cidade para o papel de August, ela resolve tentar mesmo achando que não tem chances reais. August é a personagem principal de uma trilogia de livros de grande sucesso e pelo que é falado no livro, a August pode ser comparada com a Bella ou a Katniss (não as personagens em si, mas o sucesso dos livros e que deram um super destaque as atrizes que interpretaram o papel).

Então, após o teste Paige é escolhida e sua vida muda da noite para o dia. Nem começaram as gravações e ela já tem um grande destaque na mídia. Então ela parte para o Havaí e começa a perceber que a vida de artista não é assim tão fácil.

“Eu não seria a pequena Paige, a tampinha que nasceu no antro dos Townsen. Seria a primeira e única. Uma sensação de possibilidade.”

Confesso que comecei a leitura de Tocando as Estrelas super empolgada e achando que fosse ficar contente até o final. O início do livro mostra de forma bem real como é uma gravação de um filme, desde que não tem uma ordem cronológica para ser filmada, várias pessoas sempre por perto assistindo, horários complicados para gravar (ainda mais que Paige é menor de idade e tem restrições no contrato por causa disso), entrar na água gelada e aparentar como se ela não estivesse gelada, um diretor que não é tão querido e por aí vai.

Tudo isso é muito interessante e como eu adoro cinema, achei incrível esse lado da história. Acontece que é aí que a coisa toda desanda... Tinha tanto o que mostrar na história, tanto que poderia acontecer que eu achei completamente desnecessário um triangulo amoroso. Pelo menos para mim ele se apresentou bem desnecessário – mesmo que aparece na sinopse, eu esperava que fosse um pouquinho diferente do que foi, eu esperava que ele não tivesse assim tanto destaque.

"Você ainda tem dias de cabelo ruim. Amizades que se desfizeram não serão reparadas milagrosamente. E pessoas que não amavam você antes continuarão a não amar."

Mas, deixando esse ponto de lado, a escrita de Serle é leve e gostosa de ler. As páginas fluem e a leitura foi bem rápida. É um livro com um toque mais realista e meio que mostra como seria o sonho virando realidade quando você consegue se transformar em sua personagem favorita. Acho que só por isso o livro me ganharia uma e outra vez. Ver como a Paige lida com toda essa mudança faz a gente pensar em como a gente reagiria na mesma situação. O livro é super interessante e o final... Bom, a única coisa que eu posso dizer é que fiquei feliz em saber que o livro tem continuação (foi lançada agora em outubro nos EUA e o terceiro tem previsão para 2016) porque se não fosse isso, teria que repensar toda essa minha resenha. Indico para quem quer ler algo leve e se divertir enquanto acompanha um pouquinho do que acontece nos bastidores de Hollywood.

Os comentários da postagem concorriam a um exemplar do livro+marcadores. Obrigado a todos pela participação e parabéns Liv. Aguardamos seus dados no amoreselivros@gmail.com :)

Kimberlee Schaffer talvez fosse linda de morrer... só que ela acabou morrendo mesmo, há mais de um ano. Agora, precisa da ajuda de Jeff para resolver alguns assuntos pendentes. E não vai aceitar um "não" como resposta. Quando estava viva, Kimberlee não era apenas uma menina maldosa; era, também, cleptomaníaca. Portanto, se Jeff não quiser ser assombrado pelo fantasma dela até o dia de sua formatura, terá de ajudá-la a devolver tudo que roubou. Rapidamente, porém, ele descobre que é muito mais fácil roubar do que devolver. Pagar pelos erros cometidos adquire um significado completamente novo nesta versão moderna e inteligente do clássico Pimpinela Escarlate, criada por Aprilynne Pike.

Esse é o primeiro livro que leio da Pike – e olha que tenho os dois primeiros da série Fadas na estante. Escolhi esse livro principalmente por causa da capa, depois por ser uma história de fantasma que se passa durante o high school.

Imagina que você acaba de se mudar para uma escola nova – em uma cidade nova, com uma classe social nova – bem no meio do ano letivo. Deixar os amigos para trás e ter que começar tudo de novo em uma nova escola já começa com aquela sensação de ‘odeio tudo isso’’ para Jeff. E é logo no primeiro dia que ele conhece Kimberlee.

Acontece que Kimberlee está morta e presa nesse mundo a um ano. E Jeff é o primeiro a ver e ouvir a garota-fantasma. Como todo rapaz novo em uma escola, é claro que ele acredita que aquilo tudo é um trote e que estão tentando zoar com a cara dele. O que eu gostei na narrativa é que não demora muito tempo para ele perceber que não é zoação – e mesmo ele achando que está alucinando ou ficando louco, isso também não demora muito para ficar claro que sim, ele está vendo um fantasma.

“Por que essa coisa toda de fantasma estava acontecendo comigo? Kimberlee disse que eu era a primeira pessoa a vê-la. Nada na minha vida era tão especial assim. Eu certamente não era especial.” (pág. 39)

Após esses primeiros momentos em que a história é apresentada, Kimberlee conta para Jeff o motivo de estar presa nesse mundo. Quando viva, a garota era cleptomaníaca e tem uma caverna cheia de coisas para devolver aos seus respectivos donos. E é aí que começa realmente nossa história. E é aí que eu paro de falar do enredo.

Vida após o roubo é leve e divertido de ler. O livro me ganhou logo de cara e, apesar das folhas brancas, a diagramação do livro e o tamanho da fonte escolhido fez que eu o lesse em apenas uma tarde. A narrativa da Pike é incrível e eu fiquei me perguntando qual a razão de eu ainda não ter lido Fadas – e me dando a certeza de que esse erro será corrigido o quanto antes.

O livro é cheio de sentimentos. Temos Kimberlee e seu jeito egoísta na maior parte do tempo, temos Jeff que é um cara muito, mas muito bom mesmo. A bondade desse garoto deixa claro que ele seria o único capaz de realmente ajudar a Kimberlee. E tem os personagens secundários que dão o maior toque na história... Sera, que é imperfeita, tem vários erros no passado, mas escolheu mudar e ser melhor depois de um grande acontecimento. E temos seu irmão Khail, que é aquele tipo de cara que aparenta ser uma coisa, mas que protege as pessoas que ama e está disposto a ajudar até alguém que odeia se isso for deixar quem ele ama mais feliz.

Acredito que Aprilynne Pike encontrou o ponto perfeito entre ação, mistério e romance. Temos também um toque de reflexão mais profunda, fazendo a gente pensar em nossos atos e nas possíveis consequências para eles e o quanto é importante não somente consertar nossos erros, como também aprender com eles. É claro que o livro teve uma ou duas coisinhas que me deixaram com o pé meio atrás por não serem bem explicadas, mas mesmo assim é um livro gostoso de ler. É o livro certo se você procura algo divertido e leve para passar a tarde.

Após a morte de seu pai, Anna Bonnier tenta recuperar um pouco de sua felicidade ao viajar para uma estação de esqui com sua melhor amiga, Loreta. Entretanto, o que era para ser um simples passeio, acaba por se tornar um desafio sobrenatural.
Anna conhece o enigmático Raziel e percebe uma forte conexão que vai além da realidade, sobretudo quando descobre que o sentimento que tem por ele atravessa os séculos.
Aos poucos, a proximidade que constroem juntos traz novos riscos. O relacionamento amoroso que ela sempre desejou pode desaparecer de forma trágica, assim como o homem que abriu seu coração.
Passado, presente e futuro caminham juntos nessa emocionante história de amor e sedução, em que a realidade é capaz de alterar, a qualquer momento, o destino de cada um deles.

“Olhei fundo em seus olhos e vi o meu reflexo. Um ardor se espalhou em meu peito. Percebi que havia algo além de um simples encontro, algo inexplicável e familiar, como se a sua alma fizesse parte de mim.” (pág. 67)

Falar de Amor Imortal vai ser um pouco contraditório para mim pois terminei a leitura sem ter a certeza se gostei ou não do livro. Não é que foi uma leitura ruim, mas teve algumas coisas que realmente me incomodaram – e por isso não sei se seria certo dizer que amei. Confesso que ele entrou na minha lista pela belíssima capa da Novo Conceito. Bastou ela (e o clima sobrenatural que ela promete) para entrar em minha lista de solicitações, e foi o primeiro livro que li quando recebi os livros.

O inicio da leitura se mostrou super promissor e empolgante. Em alguns momentos me peguei lembrando do que senti ao ler Sussurro com aquela coisa de anjos caídos, Nephilins, renegados e cheshvan. Entrar em um mundo com referencias parecidas me fez lembrar muito do Patch – e deu a maior saudade de reler os livros da Becca. Talvez isso também tenha feito meu olhar ficar mais crítico.

Anna me fez relembrar um pouco o motivo de eu ter parado de ler romances sobrenaturais. Essa coisa de a mocinha ser apenas uma humana e achar que pode enfrentar seres imortais realmente me irrita. Dá vontade de gritar com o livro, pois é uma reação estúpida demais. Se você vê um tornado você não corre em direção a ele, você corre dele!

“O meu coração se abriu, bem como a minha mente. Deixei para trás quem eu era, tornei-me mais contente. Minha vida passou a ter um propósito: ficar com você, para sempre.” (pág. 113)

Raziel é de certo modo interessante, mas achei que o personagem ficou mais focado em o quanto ele era lindo e sedutor do que em outras características. E toda aquela coisa de ‘tenho coisas para te contar mas não é a hora de você saber’ não colou. Eu fiquei pensando em alguma forma da história ter ficado mais prática e mesmo assim continuado interessante. Sabe a história da Bela Adormecida? Se ao invés do rei ter banido todas as rocas ele tivesse ensinado Aurora a usar uma, será que ela teria furado o dedo? Pois é...

Mas não pensem que eu só tenho pontos negativos a ressaltar... A química entre Anna e Raziel e as cenas do romance dos dois é algo que convence – tanto na parte bem romântica quanto na parte mais quente do livro. Eu posso ter dito que me incomodei um pouco com o fato de Raziel ser lindo e sedutor mas isso foi só para eu não parecer uma menina superficial... Raziel é extremamente encantador e apaixonante. E ele toca piano... E tem uma galeria de arte... E mora na França...

“Vestido com uma camisa social preta, ele parecia sexy e perigoso, o tipo de homem que ocuparia a fantasia de qualquer mulher”

Embora em um primeiro momento algumas coisas tenham vindo fáceis demais para a Anna, é bem compreensível quando fica claro quem são os estranhos que a ajudam e isso fez com que eu perdesse a estranheza de que algumas coisas estariam no Brasil. E é super óbvio que você corre para o tornado quando o que está em jogo é o amor da sua vida. E nos momentos em que a Anna tem que ser forte, ela é forte e isso fez com que eu gostasse dela e torcesse por ela.

Eu não quero soltar spoilers, então sei que alguns pontos ficam complicados de entender. Também não vou falar muito do enredo da história já que usei alguns detalhes a mais em alguns de meus comentários. Mas sabe aquele tipo de livro que mesmo com coisas que não te agradaram você não consegue largar? Então... A narrativa da Ana Carolina é super envolvente, tem um ritmo rápido e foi super gostoso de ler. Eu o li em poucas horas e imaginei que ficaria muito bem adaptado nas telas de cinema. É claro que ao lembrar do Patch o livro ficou com um grau bem alto de comparação, mas de maneira geral Amor Imortal não me decepcionou e eu fiquei super feliz em ter lido mais uma bela história de uma autora nacional.

CUIDADO: Esta história de amor pode matar você de tanto rir. Ah, e está escandalosamente lotada de porres homéricos e, hummm, sexo da melhor qualidade!
Claire é uma espirituosa jovem de vinte e poucos anos que trabalha num bar (não era esse o plano, mas...) e, muito a contragosto, resolveu ajudar a melhor amiga (uma expert em malícias) a vender brinquedos eróticos bem safadinhos. Na verdade, seu sonho é viver de delícias, ou melhor, abrir uma confeitaria dedicada exclusivamente a doces, cookies e bolos feitos com muuuito chocolate. Quando Carter, um rapaz que conheceu numa festa de faculdade e com quem passou uma única noite (o suficiente para mudar sua vida para sempre!), reaparece na cidade sem demonstrar reconhecê-la, a não ser pelo profundo aroma de chocolate que Claire exala no ar, ela se mostra determinada – aaaai que loucura! – a fazê-lo nunca mais se esquecer dela. Só que existe uma terceira pessoa na relação (divertidíssimo, porém desbocado e inconveniente). Alguém que Carter desconhece e que, das duas uma: ou o obrigará a comprar uma passagem só de ida para o Polo Norte ou o fará o homem mais feliz do mundo!!!

Final do ano passado fui mediadora de uma das Retrospectivas da Valentina que aconteceram em várias cidades pelo Brasil (falando nisso, esse ano tem de novo, logo conto mais detalhes, datas e cidades). Na lista de novidades estava o livro da Tara e foi tipo curiosidade a primeira vista. E o que eu tenho para dizer após ler o livro? Foi muito mais do que eu esperava.

ATENÇÃO!
O Ministério do Humor adverte:
Este livro contem altas doses de cenas
irresistivelmente hilárias, sexo alegremente explícito,
orgasmos múltiplos, sacanagem da boa,
palavrão a dar com o pau, muito deboche
e álcool suficiente para embebedar um rinoceronte.
Use-o por sua conta e risco e...
Divirta-se como nunca!
(contra-capa)

Claire é aquelas personagens que a gente se encanta logo de cara. Ela começa o livro se apresentado e já dizendo que não quer ter filhos. Sua explicação sobre isso me fez rir já que não era nenhuma mentira as coisas que ela estava falando – mas que ninguém menciona quando o assunto é ser mãe. E qual não é a surpresa de todos quando ela é a primeira de seu grupo a ficar grávida? E o pior? Logo em sua primeira vez, decidindo ceder a pressão da amiga para deixar de ser virgem, ao encontrar um cara em uma festa que tenha realmente chamado sua atenção.

Quase cinco anos depois (que é o período onde se passa a história), sua amiga Liz volta a cidade e chama Clair para um novo negócio – ajudá-la a vender brinquedinhos eróticos. E como você vai perceber desde o início da leitura, a Clair é uma daquelas personagens que só se mete em mico. E eles são tão engraçados que a gente não tem aquela sensação de pena, é um pouco de vergonha alheia, mas eu ficava esperando qual seria a próxima situação cômica que ela iria se meter – e dei gargalhadas altíssimas em vários momentos.

Mas o livro não é só coisas engraçadas. Tem romance quando Carter reaparece na vida de Clair. Sim, o cara da festa de uma noite só e pai do filho de Clair. A princípio ele não reconhece ela – mas como o livro alterna a narração entre Carter e Clair a gente vai conhecendo os dois lados da história. E Carter foi me ganhando em cada página... Ele é muito fofo, muito perfeito, muito tudo o que qualquer mulher gostaria de encontrar. E ele é homem e tem medo de palhaços, o que me fez pensar que mais alguém do sexo masculino além do Sam Winchester que me entende!

"- Não quero que o bicho-papão pegue você e detesto palhaços - desabafei, sem querer.
Ela riu e deu tapinhas carinhosos na minha bochecha (...)
- Não foi bem isso que eu quis dizer - consertei. - Tudo bem, confesso que odeio palhaços. Eles são macabros e sinistros. Homens adultos nunca deveriam usar roupas de bolinhas, nem sapatos gigantes." (pág. 179)

E eu nem falei de Gavin ainda... Gavin é o filhinho de quatro anos de Clair que rouba todos os momentos do livro. Sim, eu me encantei com a Clair. Sim, me apaixonei por Carter. E sim, o livro ainda conta com personagens secundários super interessantes e que chamam a atenção. Mas quem ganhou meu coração foi Gavin. Ele é bem desbocado e inconveniente – como todo garoto de quatro anos que convive com adultos desbocados e que falam o que vem na cabeça sem pensar se tem uma criança por perto – mas ao mesmo tempo é tão fofo...

"Grr! Estou discutindo com um fedelho de quatro anos, pode isso?!
- Chega, Gavin! - berrei. - Vá limpar seu quarto.
- Que inferno do capeta! - resmungou ele.
- O que foi que você disse? - perguntei, com voz severa.
- Eu te amo mamãe - retificou ele com um sorrisão, me enlaçando o pescoço com os braços e apertando com força.
Droga, eu era uma pessoa muito fácil de enrolar." (pág. 132)

Quanto a edição da Valentina... Eu adorei os detalhes de fontes diferentes no topo da folha com o título da série e as páginas, assim como curti cada início de capítulo com a fonte e o desenho da bonequinha. Eu já tinha comentado no instagram que tinha achado a loirinha da capa meio bem estranha. Talvez uma boneca inflável não seria a minha escolha para a capa – mas se eu for bem sincera, eu não cheguei a detestar ela como lembro de ter detestado algumas capas de outros livros. O que eu não curti foram as folhas brancas... Eu faço parte do clube que odeia folhas brancas, mas como o livro é muito legal não deu tempo de eu realmente me incomodar com elas.

Malícias & Delícias é a história de Clair e de como ela acabou sendo sócia de uma loja que vende doces em uma parte e artigos sexuais de outro, onde todos os dramas que aconteceram com ela são vistos de um angulo que fica tudo muito engraçado. O livro tem a mistura certa de problemas, romance e sonhos realizados – isso tudo misturado com muitos momentos vergonhosos virando piada entre os amigos. Nunca pensei que fosse ler um livro tão divertido, que me fizesse rir muito e que ao mesmo tempo me encantasse com cenas romanticamente sensuais. São 301 páginas que eu li em um único dia e que me deixou aguardando ansiosamente pelo próximo livro para poder ver Clair, Carter e claro, Gavin novamente.

Eu sou Cosmo, o Garoto Terráqueo. Sou o capitão da nave Salsicha Néon.
Vivo me metendo em confusão, mas minha maior paixão é a culinária – quando não estou ocupado em salvar o mundo, é claro. Junto com Herman, meu melhor amigo, vendo o melhor cachorro-quente da galáxia.
Passamos os dias cruzando o cosmos e...
1) Preparando o Mega Cachorro-Quente. (Cara! Esse cachorro é do tamanho de um jipe!)
2) Fugindo de vermes mutantes, piratas zumbis do espaço e robôs rabugentos.
3) Jogando videogame. (Tapa na orelha turbo: 9.000 pontos!)
4) PROTEGENDO A GALÁXIA do Mal Supremo. (Na verdade, sou um cara incrível!)

Muitas vezes gosto de variar nas minhas leituras, e livros infanto-juvenis tem um espaço especial na minha estante. E foi impossível resistir ou não querer ler Salsichas Galácticas. E agora, depois de terminar a leitura, digo que fiquei completamente encantada.

O livro começa nos apresentando Cosmo, o garoto terráqueo e seu amigo Hermann (um cara grandão de outro mundo). Eles estão preparando o maior (e melhor!) cachorro-quente da galáxia para uma competição de comidas – que eles tem certeza de que irão vencer com seu super cachorro-quente do tamanho de um jipe. Ao ir para o locar onde teriam que apresentar o alimento, um roubo acontece. Isso mesmo! Alguém rouba o cachorro-quente deles e é aí que tudo começa.

Na verdade, a história não é sobre o roubo do cachorro-quente em si... Eles logo conseguem recuperar a comida e é logo depois disso que eles conhecem a Princesa Dalila – filha da Rainha Dalila, uma rainha muito, muito má que agora acha que Cosmo e Herman sequestraram sua filha – que entrou na nave dos meninos pois quer viver grandes aventuras.

Não vou falar mais nada... Tudo o que contei acontece logo no comecinho e também vem aparece no book trailer acima. Depois disso, é aventura atrás de aventura na tentativa de proteger a galáxia do Mal Supremo que é... Bom, não vou contar né? Mas as aventuras vem cheias de divertimento para o leitor, principalmente por causa das confusões dos nossos heróis.

Adorei o livro que é todo ilustrado no mesmo estilo de Nate e Diário de um Banana. O Cosmo é meio burro (e olha que ele mesmo se chama assim), mas é impossível não gostar dele. Ele é engraçado, criativo e ótimo no vídeo game. Foi mais que divertido passar a tarde viajando para o espaço e me aventurando com ele, Herman e a Princesa Dalila. Além de divertido, o livro ainda tem uma mensagem legal sobre amizade e sobre não precisar seguir os passos dos outros se achamos que isso é ruim. Gostei mesmo do livro e super recomendo a leitura – tanto para o público indicado como para os ‘grandinhos’ que querem um pouco de diversão com uma leitura mais leve.

Ah, e olha que legal... O livro tem página no facebook e também um site com conteúdos extras (falando mais dos personagens, das naves e até tem jogos e desenhos para colorir). Quem quiser conferir, o Face é: https://www.facebook.com/salsichasgalacticas e o site: http://salsichasgalacticas.com.br/

Em 2014, a ilustradora Carol Rossetti começou a desenhar mulheres diversas para testar seus lápis de cor. Nunca poderia imaginar que suas criações despretensiosas ganhariam o mundo e iriam viralizar na internet a ponto de se tornarem matéria na CNN.
Com um traço característico e frases inspiradoras, Carol quebrou tabus e espalhou uma mensagem que ecoou em mulheres do mundo todo: somos fortes, merecedoras de respeito e especiais do jeito que somos, independentemente de opiniões e julgamentos alheios.
Agora, essa mensagem ganha o formato de livro e inclui textos sobre os temas centrais abordados em suas ilustrações, como corpo, estilo, identidade, relacionamentos e superação.
“Existem mulheres negras, brancas, morenas, latinas, asiáticas, indianas, indígenas. Existem engenheiras, donas de casa, prostitutas, senadoras, artistas, executivas, atrizes. Há mulheres cegas, surdas, mudas. Mulheres bipolares, deprimidas, ansiosas.
Existem heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais. Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui.
Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas. Minha abordagem será abrangente, convidando todos os que dividem comigo essa ideia de liberdade a celebrar a diversidade do ser humano.

Não é de hoje que conheço o trabalho da Carol. Já tinha me deparado com vários de seus desenhos em minhas andanças na internet, mas nunca antes parei para analisar o tamanho que o trabalho dela poderia chegar. As ilustrações da Carol começaram inocentemente no Facebook e hoje já foram traduzidas para mais de 15 idiomas.

Com ilustrações maravilhosas, o livro é dividido em seis partes abordando assim diversos assuntos como corpo, moda, identidade e escolhas. É fácil se identificar com algumas imagens assim como perceber como muita coisa ainda tem que mudar na nossa sociedade. Principalmente quando percebemos que muitas ideias ainda persistem por mais que os anos passem e teoricamente a sociedade evolua (ao menos é o que se espera, não é mesmo?)

Mulheres conta com mensagens simples, mas que contem um enorme significado. Em suma, é um livro que faz lembrar que cada uma de nós, que cada mulher é dona do seu próprio corpo e tem o direito de decidir o que fazer com ele – ou o que não fazer. É um livro feminista sim, mas não pense só no lado pejorativo que a palavra feminismo tem agarrado a ela. Ser feminista não é defender que as mulheres são melhores do que os homens.

É super difícil falar sobre o livro que em cada uma das suas 160 páginas nos faz refletir. São muitas mulheres representadas no livro, cada uma com uma história, cada uma com uma mensagem. O livro realmente representa a diversidade feminina e não somente na questão física, mas também em nossa diversidade política e psicológica. É um livro de leitura rápida, mas que merece um espaço especial na estante – para ser lido e relido sempre que precisarmos de alguma inspiração.

A edição da Sextante está tão linda, tão incrivelmente bem feita que eu gostaria de poder dar de presente para todos que eu conheço. Na bienal, tive o prazer de conhecer a Carol e depois de ouvir um pouco mais sobre o seu trabalho passei a admirá-la ainda mais. É um livro recomendado à todas as mulheres, mas não somente elas... Todos os homens também deveriam conhecer o trabalho da Carol. É como eu falei acima, ser feminista não é somente defender a bandeira de que as mulheres são melhores do que os homens. É acreditar que todos merecem respeito, dignidade e que tem direito de fazer suas próprias escolhas.

Os comentários da postagem concorriam a um exemplar do livro+cards+marcadores. Obrigado a todos pela participação e parabéns Libero. Aguardamos seus dados no amoreselivros@gmail.com :)

Algo está acontecendo na natureza
Uma misteriosa doença começa a se espalhar pelo mundo. Inexplicavelmente, animais passam a caçar humanos e a matá-los de forma brutal. A princípio, parece ser algo que se dissemina apenas entre as criaturas selvagens, mas logo os bichos de estimação também mostram suas garras e as vítimas se multiplicam.
A humanidade é presa fácil
Apavorado, o jovem biólogo Jackson Oz assiste a escalada dos acontecimentos. Ele já previu esse cenário alarmante há anos, mas sempre foi desacreditado por todos. Depois de quase morrer em uma implausível emboscada de leões em Botsuana, a gravidade da situação se mostra terrivelmente clara.
O fim da civilização está próximo.
Com a ajuda da ecologista Chloe Tousignant, Oz inicia uma corrida contra o tempo para alertar os principais líderes mundiais, sem saber se as autoridades acreditarão em um fenômeno tão surreal. Mas, acima de tudo, é necessário descobrir o que está causando todos esses ataques, pois eles se tornam cada vez mais ferozes e orquestrados.
Em breve não restará nenhum esconderijo para os humanos...

Não é segredo nenhum que eu adoro os livros do James Patterson... Então eu sei que sou um tanto suspeita para falar de suas histórias. É que mesmo quando ele não é assim tão bom ele arrasa. Como eu disse na postagem no Instagram na foto do livro, Patterson é muito amor, mesmo quando não tem nada de amor em seus livros.

Durante anos o homem não se importa com o resultado de suas ações com a natureza ou com os animais. Nós mudamos o planeta, destruímos coisas e domesticamos os animais e vários ambientalista já comentam que as coisas como estão não podem mais continuar. Baseado nisso, o que aconteceria se os animais se revoltassem e finalmente quisessem o seu lugar no topo da cadeia alimentar de volta?

“No mundo inteiro, os animais de repente estão atacando os humanos sem nenhuma razão? Mas não atacam os outros animais? Quer dizer... como é possível? Por quê? Por que agora? Parece uma maluquice completa.”

Essa é a ideia central de Zoo. O que aconteceria se os animais decidissem que já chega e que agora é a hora de caçar os humanos? Com certeza o fim da humanidade estaria bem mais que próximo. E durante todo o livro eu fiquei pensando em como isso realmente poderia acontecer – e como é que nós conseguiríamos sair dessa.

Jackson Oz é um jovem biólogo que a anos tenta provar a sua teoria de que algo está errado no comportamento animal. Ele chama sua teoria de CAH – Conflito entre animais e humanos – e embora sua teoria seja um pouco maluca, ela faz sentindo. Acontece que ele acabou sendo radical demais... Na tentativa de provar sua ideia largou os estudos e criou um blog que o fez parecer apenas mais um desses malucos com ideias apocalípticas sobre o fim dos tempos.

“Soa como algo grandioso, eu sei, mas meu medo era que, se eu estivesse certo – e pela primeira vez na vida eu sinceramente esperava estar errado – , estaria ocorrendo uma alteração no paradigma planetário que ia fazer o aquecimento global parecer um passeio de domingo num jardim orgânico comunitário.”

Os acontecimentos da história vão sendo entrelaçados em vários momentos. No prólogo vemos dois leões atacando seu tratador de uma maneira pouco convencional, aí conhecemos Oz e suas teorias, assim como ataques incomuns de animais em outros lugares. O que deixa o livro ainda mais interessante é que não temos somente uma visão dos acontecimentos. Durante vários momentos somos levados a diversos lugares onde a única coisa que interliga a vida dos personagens é o ataque de um animal. A sensação de que isso está acontecendo no mundo todo e que ninguém quer ver deixa uma grande tensão que fez com que eu não quisesse largar o livro antes do fim.

Tentando mostrar que ele está certo, ele viaja para a África para tentar achar uma prova que faça com que o mundo o escute. É nessa viagem, após quase morrer em um ataque de leões, que ele conhece Chloe. Depois de ler dois livros do Patterson onde a brutalidade do que acontece na África chega a ser palpável, eu tenho um certo medo desse continente. Eu sei que estou exagerando, que isso é ficção, mas não tem como deixar a sensação de que coisas horríveis sempre acontecem por lá de lado.

“Ah, o ciclo da vida... Os rios fluem para o mar, mas o mar nunca enche, e assim por diante. A morte se torna um vale-refeições. A morte era o modus operandi ali na selva africana.”

Eu não entendi muito bem o papel da Chloe na história. No começo fiquei achando que ela teria um pouco mais de voz e tal já que ela é uma ecologista, então me frustrou um pouco o fato de ela se tornar apenas o par romântico da história. Afinal, tem tanta coisa interessante acontecendo que não sentira falta se não tivesse romance – até por que ele fica tão indiferente na história que talvez seria até melhor não ter mesmo.

Zoo se baseia todo em uma ideia do ‘e se?’ E se acontecesse realmente isso? E se os animais fossem capazes de se organizar e caçar os humanos? E se alguém trouxesse a teoria a tona e fosse tratado como maluco e depois de alguns anos os humanos não pudessem fazer muita coisa? E se você precisasse mudar totalmente sua rotina e abrir mão de vários confortos, você faria isso? E olha que esses são somente os primeiros questionamentos que me fiz durante a leitura do livro.

"- Ele está bem. Está tudo bem - respondi. Puxei-a para mais perto.
Nós percebemos que as coisas estão ruins quando nos vimos proclamando uma amenidade vazia em que nem nós acreditamos."

Patterson e Ledwidges trazem a tona uma história que prende o leitor ao mesmo tempo que assusta por ser tão viável de acontecer. Eu não digo que acredito na ideia da justificativa para tal acontecimento – eu esperava algo bem mais elaborado, ou até mais simples porém mais crível. Não é que o motivo não é possível, é só que ele foi tratado de uma forma que seria muito fácil de resolver. E eu penso que se levou anos para mudar o comportamento animal, um ou dois dias não fariam nenhuma diferença na tentativa de tudo voltar ao normal. Eu sei que está estranho, mas é que eu não quero dar spoilers...

Fiquei sabendo da adaptação do livro para série de TV e estou bem empolgada. A previsão é que comece a ser transmitida por aqui nos próximos meses no canal Space. Eu assisti o primeiro episódio e devo dizer que as diferenças são gritantes já no início, mas a grande base – o ataque dos animais – está lá, então quero ver como tudo ficará na tela. Mesmo com as mudanças, espero ficar tão encantada e envolvida pela série como fiquei com o livro.

A continuação da história da impetuosa Yanira, uma cantora espanhola, e do médico Dylan, um belo, rico e sedutor porto-riquenho, já começa com fortes emoções. Após ser atropelada pela “ex” de seu noivo — inconformada com a separação —, a protagonista dessa picante aventura entre a América e a Europa viverá um turbilhão de acontecimentos. Do casamento glamouroso, com direito à presença de astros da música pop americana, à sua estreia nos palcos do mundo como uma sensual cantora de soul music apadrinhada por um rapper famoso, nada será trivial e comum na vida de Yanira. Nem mesmo o ciúme que chacoalhará a união aparentemente perfeita que tem com Dylan. Para tentar conter os altos e baixos dessa relação conturbada e balançada pelo assédio da imprensa, ela e o marido buscarão na forte química sexual que existe entre eles — turbinada por fantasias eróticas vividas por Los Angeles e pelas cidades onde a cantora cumpre turnê mundial — um agente reconciliador e apaziguador de seus percalços conjugais. Será que eles conseguirão se entender? Ou a fama de Yanira se tornará um obstáculo para o recatado e enciumado Dylan?

“– O amor, como o destino, é caprichoso, Yanira. Sabe o que me dizia Luisa sempre que nos reconciliávamos? – Nego com a cabeça, e ele continua: – Dizia que o amor deve ser como o café. Às vezes forte, outras vezes doce; às vezes puro, outras com leite, mas nunca frio.”

A leitura de Adivinhe quem sou esta noite começou difícil... Penso que as expectativas depois do primeiro livro estavam altas demais e por isso demorei para pegar o ritmo. Embora Adivinhe quem sou termine em um cliff com seu atropelamento, o inicio é muito lento e nem um pouco como eu esperava que pudesse ser. E como eu esperava algo mais leve e divertido como o primeiro, preciso dizer que esse vem carregado de drama – o que não é uma coisa ruim, só não era o que eu esperava.

Dylan passa a maior parte do livro sendo possessivo e ciumento. Ok, já era de se esperar que o pacato médico não quisesse uma vida turbulenta no mundo da música depois de tudo o que já viveu no meio artístico com sua mãe, mas por favor! Se trancar em um quarto com música para evitar uma conversa? Infantilidade ao extremo! E em vários momentos eu torcia para que a Yanira desse um tapa nele para ver se as coisas mudavam... E se você achou o Eric teimoso, se prepare pois nesse, Dylan ganha!

Que a Yanira faz o que quer a gente meio que já sabe, então muitas coisas não foram surpresas nesse livro. Ela não escapou de alguns decisões equivocadas e não é tão decidida quanto no primeiro livro. Não posso dizer que só Dylan teve momentos de infantilidade pois a Yanira também tem. Em alguns momentos eles parecem duas crianças fazendo com que o livro tivesse bem mais mimimi do que desentendimentos que deixam as coisas divertidas.

Vale dizer que os personagens secundários arrasam nesse livro. Tifany tem um grande crescimento e está muito melhor do que no primeiro livro. E completando as amigas de Yanira, vemos novamente Coral e Valéria – que foi minha personagem favorita em todo o livro. Ela é demais!!! Merecia um livro só dela.

Eu acho que eu virei fã da Megan e mesmo quando ela não é assim tão ‘tudo o que poderia ser’ eu ainda adoro seus livros. Adivinhe quem sou esta noite não chegou no mesmo nível de Adivinhe quem sou, mas fiquei feliz em ler, em conhecer o destino dos personagens e estou super empolgada para ler Sígueme la corriente – que conta a história de mais um dos Ferrasas, desta vez, Tony. O livro foi lançado no início desse ano, mas ainda não sei quando chega por aqui. (A Planeta lança em Portugal final desse mês e eu espero que ele chegue por aqui pela Planeta também e que não demore muito...rs)

Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima.
Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor.
Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith.
Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?
Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro.

Sabe quando você pega um livro ao acaso e só consegue largar ele quando chega no fim da última página? Foi mais ou menos assim comigo e Ligeiramente Maliciosos... Eu fui obrigada a largar ele por motivos mais fortes que eu, mas assim que pude voltei correndo para o livro e fiquei tão encantada que pretendo ler todos os livros da Mary que puder.

Ligeiramente Maliciosos me conquistou desde o primeiro momento. Essa coisa da mocinha fingir ser outra pessoa e do mocinho fingir ser outra pessoa não tinha como não render em algo incrível... Quer dizer, como o livro mostra os dois pontos de vista (além de ter na sinopse isso também, mas eu não tinha lido ela antes da leitura...), fiquei imaginando como seria quando tudo se revelasse e adorei.

“Gosto do modo como ergue seu queixo, como se desafiasse o mundo a mostrar o que tem de pior. Acho que é nesses momentos que a verdadeira Judith Law sobe ao palco.”

Adorei a Judith... Apesar de que algumas coisas ficam um pouco inacreditáveis demais (tipo, com a educação de filha de pastor quem seria louca de arriscar uma gravidez?) não tem como não gostar dela. Sua personalidade é incrível, cativante e como se isso não bastasse, as injustiças que ela passa nas mãos de seus parentes esnobes fez com que eu me lembrasse um pouco da Cinderela e, inevitavelmente, torcesse por ela.

Rannulf é encantador... Ele começa o livro não querendo nada com nada, mas dá para ver seu crescimento e como o amor inesperado altera o seu caminho. Eu conheci os outros irmãos nesse livro, mas estou achando que meu fraco mesmo será por Wulfric... Um cara que com um gesto (mesmo um simples levantar de sobrancelha) que comanda tudo deve ficar muito engraçado (e fofo!!!) apaixonado...

"- Não tenho vergonha dela! - declarou ele. - Muito pelo contrário. Estou...
Ele se calou subitamente e se apressou na direção da avó que ficara de pé.
- Acredito que a palavra correta seja apaixonado - comentou a avó, pousando a mão levemente sobre a manga do paletó dele. - Mas nenhum neto meu que se dê ao respeito poderia admitir um sentimento tão tolo, não é mesmo?"

Os personagens secundários também encantam – cada um ao seu modo é claro, afinal, adorei odiar os ‘vilões’. E preciso perguntar... Gente o que são essas avós??? Tão doces, tão apoiadoras, tão maravilhosas... Queria uma das duas como minha avó!!!

Enfim... Ligeiramente Maliciosos tem tudo o que eu poderia pedir em um livro. Tem romance e cenas bem quentes, tem intriga, suspense, uma pitadinha de drama e um toque de humor, isso tudo perfeitamente misturado com personagens encantadores e apaixonantes. É aquele tipo de livro que te diverte, te encanta e te deixa suspirando no final. Foi o primeiro livro que li da Mary Balogh – e com certeza não será o último.