A costureira de Dachau - Mary Chamberlain

14/04/2016

Londres, 1948. Ada Vaughn está encarcerada na prisão de Holloway, acusada de prostituição e assassinato. Quem é essa mulher? O que a levou a esse destino? Passado entre o glamour de Savoy e o desespero dos campos de concentração, A costureira de Dachau conta a história de uma mulher traída e abandonada que precisa sobreviver sozinha, contando apenas com a própria esperteza para sobreviver às tragédias da maior guerra que o mundo já enfrentou. Mas suas razões podem parecer suspeitas, e não há certeza de sua inocência… Será que uma simples costureira pode ter mais segredos do que se ousa imaginar?

Ada Vaughan era uma jovem de 18 anos de origem humilde, nos arredores de Londres e que trabalhava como costureira para o ateliê da Madame B. Seu talento, capricho e estilo eram admiráveis, assim como seu empenho para aprender mais e ser “alguém” na vida.

Em uma tarde chuvosa, a garota conhece um misterioso conde húngaro, e em pouco tempo já está totalmente envolvida por seus encantos. Com um desejo ardente de conhecer Paris e sem nenhum pingo de prudência, a jovem parte para a Cidade Luz com Stanislau em meio às ameaças cada vez mais sérias de uma guerra.

Com a invasão alemã e as mudanças bruscas de humor do companheiro, eles fogem para a Bélgica, onde ela é abandonada por Stanislau. Sozinha, sem dinheiro e em um país estrangeiro, do qual não domina a língua, Ada busca refúgio em um convento, até as freiras serem levadas para servir aos nazistas na Alemanha. Lá, em meio aos infortúnios e ameaças, ela é obrigada a costurar para as damas da elite germânica, em troca da própria sobrevivência.

Com o final da guerra, e seu retorno para Londres, a Srta. Vaughan busca a redenção, tentando reconstruir sua vida em meio ao caos, porém seu passado insiste em bater a porta, e agora ela tem de travar suas próprias batalhas em busca da verdade e da sobrevivência.

A autora Mary Chamberlain é responsável por várias obras acadêmicas e professora universitária. Sua pesquisa histórica para a produção do livro foi bem extensa, apesar da mesma não ter ficado restrita a elas durante o enredo.

Como veterana na leitura de romances de guerra, achei que a liberdade ficcional da autora não foi suficiente para dar profundidade a história, apesar da fluidez na escrita. A Costureira de Dachau é mais um livro que usa a combinação guerra + amor + família, porém sem gerar a choradeira de Querida Sue e O Rouxinol.

Ada Vaughan é uma sonhadora e lutadora repleta de escolhas insensatas. O que me fez amar e odiar a história, pois vivia tentando dizer a protagonista: “Vai por aí.”, ou então, “Não garota, não faça isso.”.

Se for para classificá­lo, diria que vale a leitura, comprei­o pela capa e não me arrependi. Não foi o melhor livro do ano, mas valeu cada minuto da tarde que usei para lê-lo.

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18 comentários

  1. A foto ficou bem criativa, parabéns
    Gostei da resenha, mostrou o que mais achei ao ver o titulo: um livro misterioso e intrigante, que agora estou morrendo de vontade de ler

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  2. Oi!!! Eu adoro livros que tem toques históricos.
    E o nome já me chamou a atenção!
    Gostei da resenha.
    Vou por na lista para ler!

    Beijos.

    www.booksimpressions.com.br

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  3. Adoro livros que são ambientadas em períodos de guerras, e gostei bastante da sinopse desse, além da capa ser linda. E é uma pena que a autora não soube colocar a dose certa de carga emocional, já que é exatamente isso o que procuro em livros nesse estilo.
    Fiquei bastante intrigada com a Ada, já que ela parece ser uma personagem bastante forte, mas faz escolhas erradas :/
    No geral parece ser uma bom livro, mas depois da sua resenha não sinto vontade de lê-lo.
    (Ah, só queria comentar também que amei Querida Sue ♥)
    Beijo!

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    1. Oi Cris! O livro é realmente muito bom e a Ada, apesar de tudo, uma protagonista forte. Mas, ao compará-lo com outros, senti falta de algo. Mesmo assim não queria q minha resenha desencorajasse ninguém.
      bjus

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  4. Eu gostei muito da resenha e fiquei bastante curiosa sobre o que irá acontecer com ela, se ainda encontrará o tal Stanislau que a abandonou. Acho bem interessante obras que retratam esse período de guerra, sobre como estava a sociedade e fiquei encantada pela obra.

    Bjss

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    1. olá Carpe Diem, fico feliz que tenha gostado da resenha. Em relação ao Stanislau, só lendo pra descobrir
      bjus

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  5. Não conhecia a obra, assim como você compraria pela capa, eu adorei!
    A premissa do livro é super interessante, livros ambientados em períodos de guerra e que abordam outros países, me chamam muto atenção, pois sempre temos a oportunidade de conhecer mais da culturas de outros povos.
    Outro ponto que acho interessante é o fato de abordar a prostituição, com certeza vou comprar pra conhecer a história.

    http://blogliteraturanacional.blogspot.com.br/

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    1. oii, Silvânia. Espero que goste do livro, e me conte sua opnião quando lê-lo.
      bjus

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  6. Oi Gostei muito da premissa da obra apesar de não conhece-la anteriormente, fiquei tentada a fazer essa leitura, geralmente fujo dos livros ambientados no período da guerra, mas esse não me pareceu ser tão dramático, mas posso estar bem enganada.
    No final das contas estou bem curiosa em relação a leitura.
    beijos

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    1. hihihi, e agora Kris?! qual teu conceito de dramático? A protagonista passa por muita coisa, mas ao mesmo tempo não é do tipo que fica se lamentando e chorando por tudo. Será que fui útil?
      bjus

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  7. Olá :)
    Gosto de muito de dramas, e ainda mais de livros ambientados na guerra. Gostei da abordagem do livro, e pode ser uma leitura muito agradável para mim.

    Bjs
    www.isaaczedecc.blogspot.com

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    1. Olá Isaac, vou adorar saber sua opinião a respeito da história quando lê-la.
      Obrigada pela participação
      Abraços

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  8. Esses livros que se passam na guerra não são meu estilo, por mais que nesse caso o foco seja a vida da personagem e como ela é uma mulher forte, acho que isso acaba deixando a história pesada. Não curto. Mesmo assim parece ser um livro bom.

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    1. Olá Amanda! Concordo com você, livros de guerra geralmente trazem uma carga emocional muito forte, e tem que gostar do gênero para curtir.
      Obrigada pela particpação

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  9. Oi!
    Ainda não conhecia esse livro, nem a autora mas achei a historia interessante mesmo tendo o começo meio louco, parece o tipo de livro que acompanhamos o crescimento da protagonista ao longo das paginas e achei interessante temos a guerra como plano de fundo mas sem ser um livro tão dramático !!

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    1. olá Suzana! Fico feliz que tenha gostado da ideia, ele realmente é um pouco diferente dos outros livros que já li do gênero.
      Obrigada pela participação

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