A nona vida de Louis Drax - Liz Jensen
30/12/2016
Livro que inspirou o filme estrelado por Jamie Dornan e Aaron Paul.
Louis Drax não é um menino comum. Prestes a completar 9 anos, dotado de uma imaginação mórbida, Louis todo ano sofre algo terrível e misterioso que ameaça tirar sua vida. Sua mãe vive em pânico constante. Seu psicólogo se vê perplexo diante desse fenômeno. O garoto está sempre entre a vida e a morte.
Em um piquenique com a família, Louis acaba caindo de um penhasco. Dado como morto, volta milagrosamente à vida, mas entra em coma profundo. Sua única chance de recuperação é o Dr. Pascal Dannachet.
O caso do menino se torna um desafio para o médico, e ele logo se vê envolvido pelas intrigantes circunstâncias de seu acidente. Será que a queda foi mesmo acidental? Apenas Louis detém a resposta, mas ele não pode se comunicar. Ou pode?
Em um piquenique com a família, Louis acaba caindo de um penhasco. Dado como morto, volta milagrosamente à vida, mas entra em coma profundo. Sua única chance de recuperação é o Dr. Pascal Dannachet.
O caso do menino se torna um desafio para o médico, e ele logo se vê envolvido pelas intrigantes circunstâncias de seu acidente. Será que a queda foi mesmo acidental? Apenas Louis detém a resposta, mas ele não pode se comunicar. Ou pode?
Sem saber muito da história, mergulhei na leitura de A nona vida de Louis Drax e o que coisinha mais estranha esse livro. Mas calma, afinal, nem tudo o que é estranho é necessariamente ruim...
Logo no início conhecemos Louis Drax, um menino de quase 9 anos que começa contando sua história. Ele conta que a cada ano passou por um grave acidente, onde chegou bem perto da morte, começando pelo seu nascimento. Para ele, sua mãe o odiou primeiro antes de o amar já que é normal para todas as mães querer proteger seus filhos e, como ele vive sofrendo acidentes ou pegando doenças graves, isso faz sua mãe chorar e estar sempre em pânico.
Logo percebemos que a imaginação de Louis é muito ativa, um tanto mórbida e que ele é um menino que repara demais nas coisas ao seu redor. Toda semana ele tem um encontro com o Perez Balofo (como ele chama o leitor de pensamentos que sua mãe o leva para conversar) e nesses encontros ele conta coisas do seu dia, ao mesmo tempo que vai contando ao leitor o que pensa sobre as reações de Perez e porque ele escolhe contar algumas coisas. Isso faz com que antes mesmo de entrar definitivamente na história, o leitor se pergunte não só o que é verdade e o que não é nas coisas que Louis conta, mas o que alguns simbolismos possam significar.
Logo no início conhecemos Louis Drax, um menino de quase 9 anos que começa contando sua história. Ele conta que a cada ano passou por um grave acidente, onde chegou bem perto da morte, começando pelo seu nascimento. Para ele, sua mãe o odiou primeiro antes de o amar já que é normal para todas as mães querer proteger seus filhos e, como ele vive sofrendo acidentes ou pegando doenças graves, isso faz sua mãe chorar e estar sempre em pânico.
Logo percebemos que a imaginação de Louis é muito ativa, um tanto mórbida e que ele é um menino que repara demais nas coisas ao seu redor. Toda semana ele tem um encontro com o Perez Balofo (como ele chama o leitor de pensamentos que sua mãe o leva para conversar) e nesses encontros ele conta coisas do seu dia, ao mesmo tempo que vai contando ao leitor o que pensa sobre as reações de Perez e porque ele escolhe contar algumas coisas. Isso faz com que antes mesmo de entrar definitivamente na história, o leitor se pergunte não só o que é verdade e o que não é nas coisas que Louis conta, mas o que alguns simbolismos possam significar.
"Às vezes acho que ele é fruto da minha imaginação, que eu inventei ele só pra ter alguém com quem conversar. Se for isso mesmo, não sei como parar, porque se uma pessoa vive na sua cabeça, como você consegue tirar de lá?No aniversário de 9 anos de Louis, sua mãe resolve fazer um piquenique, e, embora a ideia seja ser uma família novamente e passar um dia em um local bonito, uma tragédia acontece. Louis cai de um penhasco e seu pai desaparece. Levados ao hospital, Louis é dado como morto, mas duas horas depois o menino volta a vida - ou quase isso já que ele entra em coma. Após um tempo nessa situação, o menino tem uma piora e acaba sendo levado para a clínica onde o Dr Pascal atende - e ele e seus métodos diferenciados podem ser a única chance do menino.
Não consegue, simples assim. Porque é lá que ela vive." (pág. 13)
E é aí que a história realmente começa... E olha que nem chegamos direito na página 50. Sim, muitas informações são despejadas durante a leitura - e eu confesso que enquanto o ponto de vista era de Louis eu não estava me importando muito, mas quando mudou para o médico, a narrativa me perdeu um pouquinho. Eu fiquei bem irritada com a mudança de perspectiva, principalmente no começo em que a gente percebe que não é o Louis, mas não sabe realmente quem é que está contando a história. Talvez isso tenha me feito não ir muito com a cara de Pascal e, isso com os detalhes que ele comenta sobre sua vida pessoal só me fez achar a personagem entediante.
A ideia da história é incrivelmente interessante. Um garoto considerado maluco pelos outros, que tem uma relação no mínimo estranha com sua mãe (que também parece ser um tanto estranha) e que é o único que realmente pode contar o que aconteceu, mas está em coma. Além do mistério que gira em torno do seu acidente, fica no ar se ele pode ou não se comunicar, se ele vai ou não sair do estado em que se encontra.
Se eu tivesse que resumir o livro em apenas uma palavra, seria confuso. Confesso que não foi uma leitura simples de se fazer, mas isso não fez com que A Nona Vida de Louis Drax fosse menos interessante. Como eu comentei no começo, ser estranho ou ser um pouco confuso não quer dizer que foi uma leitura ruim. Com certeza foi bem diferente do que estou acostumada a ler, e entrou para a lista de livros que me tiraram da zona de conforto. Nesse sentido, fico super feliz em ter arriscado, afinal é bom mudar de ares um pouquinho. É um livro para quem procura uma leitura diferente, ou para aqueles que curtem ler o livro antes de assistir o filme (que mesmo me parecendo não ter tido uma enorme divulgação, me parece pelo trailer que é uma boa pedida).
Comentários Aleatórios...
* Não é sempre que eu curto livros com capas de filme, mas nesse caso eu fiquei super encantada com a capa - que está linda!
* O livro já havia sido lançado aqui no Brasil, por outra editora, em 2005. Eu só percebi que o livro foi adaptado para o cinema quando meu exemplar chegou e eu li a frase na capa. Não sabia da adaptação, mas fiquei curiosa e empolgada para assistir o filme. E não foi pelo Sr. Grey.
* Durante toda a leitura tentei imaginar qual seria o personagem de Jamie Dornan, e só ao ver o trailer é que vi que ele foi escolhido para interpretar o médico. Não sei se ele seria a escolha mais acertada para tal personagem - mas isso só posso realmente opinar depois de assistir o filme.
* Adoro o trabalho do Oliver Platt como Dr. Charles em Chicago Med, então foi ele que imaginei como o psicólogo/psiquiatra de Louis enquanto lia. Ver ele no trailer, e depois confirmar que ele é mesmo esse personagem, só me deixou ainda mais empolgada para assistir o filme *_____*