Uma tragédia familiar muda tudo na vida das irmãs Josie e Meredith. A tristeza torna-se algo recorrente, mas elas fazem de tudo para seguir em frente. E seguem... Quinze anos mais tarde, Josie e Meredith não têm um relacionamento harmonioso. As diferenças de personalidade delas, que já existiam antes da tragédia, estão ainda mais acentuadas. Elas se veem com frequência, mas não se entendem. Uma vida marcada pela tristeza velada e por segredos que as afastam cada vez mais. Será que Josie e Meredith vão conseguir se libertar de seus medos e se abrir para o novo? Será que, finalmente, elas conseguirão seguir em frente de verdade? “O Amor em Primeiro Lugar” é uma fascinante história sobre família, amizade e a coragem de seguir o próprio coração.

Olá pessoal! Como estão as leituras? 
Aqui estão a todo vapor e cada dia mais! Bom, hoje vim trazer mais uma resenha de um livro de Emily, escritora muito aclamada internacionalmente, mas que a mim, porém, estava um pouco apagada, depois que li um livro dela e não gostei. Mas dessa vez foi diferente. 

Basicamente, a história gira em torno de Meredith e sua irmã Josie, após um acidente trágico em que perderam seu irmão Daniel. E durante todo o livro, a dinâmica vai ficar na vida das duas: seus anseios, medos, necessidades, e como as coisas poderiam ter sido diferentes se  Daniel não tivesse partido. Digamos que a morte de um ente querido e muito próximo é sempre algo que abala as nossas vidas, mas 15 anos depois, como as duas lidam com essa perda?

De toda forma, o livro é narrado por dois pontos de vista: o de Meredith e o de Josie, o que achei bastante interessante e inteligente por parte da autora. Cheio de diálogos, o livro fluiu muito bem pra mim, embora não tenha realmente me emocionado a ponto de chorar como andei lendo em algumas resenhas por aí. 

Vamos falar de Josie, a irmã mais nova: professora da primeira série, com um relacionamento rompido e ainda mal curado, ela se vê como uma mulher que necessita ter um filho, mas independente do jeito que é, não necessariamente, um marido. Começa aí a busca por um doador de esperma e os meios que ela poderia encontrar para poder realizar o sonho de ser mãe sem envolver um homem na vida da criança que ela geraria. Josie é divertida, despreocupada e mora com seu melhor amigo, Gabe, o qual eu achei um fofo. Mas nada rola entre eles além de amizade (apesar da minha torcida... :( ) 

Meredith: uma esposa que tem tudo o que uma mulher poderia desejar: um bom esposo, um bom emprego, uma filha linda, do que mais ela poderia reclamar? Pois então, nem tudo que reluz é ouro, como dizem por aí, e ela começa a se questionar se o casamento realmente foi uma decisão certa que ela tomou, sendo que ela resolveu se casar logo após a morte de seu irmão, em um momento que estava incrivelmente fragilizada. 

Me identifiquei com o relacionamento das irmãs, afinal, eu também tenho uma irmã mais velha, e muitos assuntos me ocorreram de conversas que eu e ela já tivemos. 

A autora tem como base em todos os seus livros tratar dos relacionamentos familiares e de questões que ferem nossos corações, mas eu achei o livro meio morno, sem contar que o final poderia ter sido bem melhor.... sabe quando o livro acaba e você pensa que ele poderia ter sido mais trágico, ou sei lá, mais real? 

Foi uma leitura gostosa, acabei o livro em algumas horas, mas acho que a autora tem potencial pra mais. A capa deixou bastante a desejar, mas segue a linha da editora dos livros da autora aqui no Brasil, então, cumpriu sua função, mas.... fica aquela coisa no ar. 

Indico o livro para quem gosta de debater as relações familiares e como elas podem ser conduzidas. Infelizmente, não achei nenhuma frase de impacto que me marcou que eu possa citar aqui... senti realmente falta disso. 

Um abraço literário.